Em tempos de crise financeira como a que atravessamos quem é que vai pensar em comprar acções? Esta é a pergunta que provavelmente estará a formular, mas a verdade é que grande parte dos analistas sublinha que, apesar da crise, existem boas oportunidades para os investidores comprarem acções a baixo preço. Existem obviamente riscos, porém se investir numa óptica de longo prazo os resultados podem ser bastante positivos.
Por isso, A Cor do Dinhheiro preparou um programa sobre acções de risco, mostrando como se pode ganhar muito com o "jogo da bolsa" desde que se tenha os meios para tal e o perfil de risco adequado.
Consulte mais informações sobre bolsas, mercados e cotações através dos seguintes sites:
- Site da Euronext Lisboa
- Site da GoBulling
- Especial Carteira sobre Bolsa
- Site Infobolsa com informações úteis sobre a bolsa nacional e as principais bolsas internacionais
Estou a pensar investir em bolsa. Que tipo de cuidados devo ter?
De António Monteiro a 5 de Fevereiro de 2009 às 23:07
Não investir nesta altura.
-> Só se dinheiro não vier a fazer falta para os próximos 5 anos.
-> Só se conhecer bem a empresa, porque esta poderá não aguentar a crise.
Porque os dividendos poderão compensar a desvalorização.
Mas quem não precisar do dinheiro estamos, mais ao menos na altura de investir.
Se quer investir em bolsa, é bom que procure toda a informação sobre os mercados em que aposta e que esteja atento aos analistas, cujas opiniões são, em princípio, mais fundamentadas. Não aplique nunca dinheiro de que vai precisar para contas correntes e não peça dinheiro emprestado para aplicar em bolsa. Tenha consciência de que é um investimento bastante imprevisível, pelo que deve sempre diversificar a sua carteira tanto quanto possível, evitando reunir muitas acções do mesmo sector ou da mesma empresa, por exemplo.
Dizem que o investimento em bolsa é de longo prazo. O que é que isso significa, na prática? Quanto tempo tenho de esperar para ganhar algum dinheiro?
Para ter retornos com o seu investimento em bolsa, esteja preparado para ter o seu capital imobilizado pelo menos durante 3 anos ou idealmente 5 anos. Mesmo assim, isto não garante que tenha lucros, apenas aumenta essa possibilidade, sendo que, em princípio, os lucros que daí advieram serão maiores a 3 ou 5 anos do que a 1 ano, por exemplo.
De João Ferreira a 8 de Maio de 2009 às 22:29
Basta analisar o seguinte Gráfico de Bolsa (http://bigcharts.marketwatch.com/charts/big.chart?symb=spx&compidx=aaaaa%3A0&ma=5&maval=12&uf=0&lf=1&lf2=0&lf3=0&type=4&size=2&state=8&sid=3377&style=320&time=13&freq=3&comp=NO%5FSYMBOL%5FCHOSEN&nosettings=1&rand=273&mocktick=1) para concluir facilmente que quem investiu em acções americanas em 2000 ainda está à espera para entrar em positivos. Ou seja, o longo prazo pode ser muito, muito longooooo.
Quais são os melhores fundos de investimento para investir?
Para indicar os melhores fundos de investimentos é preciso considerar sempre qual o perfil de risco e o prazo de investimento que quer fazer. Se consegue lidar bem com as oscilações de mercado e se está disposto a ter o capital imobilizado por vários anos, os fundos de acções são os mais adequados. No entanto, se é um investidor avesso ao risco e de curto prazo opte pelos fundos de obrigações e de tesouraria.
Ouvi dizer que existem países em cujos ganhos com acções pagam menos impostos! É verdade? Podem dar-me alguns exemplos?
As mais-valias dos fundos estrangeiros são tributadas a 20%, uma cobrança sob a forma de retenção na fonte, ou seja, se resgatar um fundo de investimento estrangeiro que valorizou 20 por cento deste a data de aquisição, a mais-valia líquida de impostos é 16 por cento (20% x 0,8).
Nos fundos nacionais, como a tributação sobre as mais-valias é feita dentro do fundo (o investidor não tem de fazer o que quer que seja), as cotações e as rendibilidades apuradas entre o preço de compra e o preço de venda já são líquidas de impostos.
Qual a importância de acompanhar as cotações das acções na bolsa? Para que serve esse valor?
A cotação é o preço corrente dos títulos de acção em bolsa, ou seja, é o valor que indica o preço de uma determinada acção. É através desse valor que o investidor tem a noção real do valor em número das suas acções. Analisando também as variações das cotações, o investidor consegue saber ainda se a acção está a valorizar ou a desvalorizar.
Muitos analistas têm dito que esta é uma crise como nunca antes se viveu. É verdade? De que forma é que isso pode afectar os meus investimentos?
Luís Tavares Bravo, do Barclays, entende que esta é uma "crise não tradicional", pelo que se vai passar "um período de recessão mais prolongado de 6 a 7 trimestres", ou seja, aponta para "uma retoma num cenário favorável, após o final do primeiro semestre do ano".
Luís Tavares Bravo disse ainda que numa primeira fase do ano vamos continuar a verificar notícias muito negativas, o que significa que "quem está exposto ao mercado nacional deverá procurar manter um perfil que, em termos de captação de mercado, seja mais defensivo". A partir do último trimestre do ano, pode então "procurar posições em acções dos mercados emergentes como alterações climáticas", por exemplo. Além disto, temos de considerar que "à medida que vai sendo restaurada a confiança nos mercados internacionais - obviamente não nos esquecendo que existe um plano enorme de infra-estruturas quer na Europa quer também em Portugal para os próximos 5 anos" - os efeitos desta crise tendem a ser mitigados.
De
José a 5 de Fevereiro de 2009 às 19:13
O problema mais grave é o Millennium BCP...
Este é que nos destrói...
Está completamente oco por dentro e seus principais accionistas "tesos" com seus créditos descapitalizados...
O BCP tornou-se um arrastão. A sua desvalorização em Bolsa tornou dezenas de empresas e investidores reféns de bancos que lhes fiaram crédito para investir no Millennium. Joe Berardo, Manuel Fino, Teixeira Duarte, Filipe de Bottom, João Pereira Coutinho, João Rendeiro e outros notáveis investidores ficaram hipotecados. A maioria já reestruturou as suas dívidas, ganhando fôlego com carências do pagamento das dívidas. Mas isso é um socorro, não é uma solução.
O BCP já enviou a sua defesa para a CMVM, que acusa a instituição de, entre outras coisas, ter prestado falsa informação e de ter usado offshores para compra de acções próprias BCP sem comunicar às autoridades.
bcpcrime.blogspot.com
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