Quarta-feira, 11 de Fevereiro de 2009

Sobreendividamento

As famílias portuguesas estão cada vez mais endividadas. Segundo dados do Observatório do Endividamento dos Consumidores, em Portugal a taxa de endividamento aumento 112% em 20 anos (de 18% em 1990 para 130% em 2007). Por sua vez, o Gabinete de Apoio ao Sobreendividado (GAS) da DECO dá conta de de mais de 7500 processos abertos desde o ano de 2000.

Os números expressam os tempos de crise que enfrentamos e as famílias portuguesas têm que apertar cada vez mais o cinto. Desemprego (53%), problemas de saúde (18%) ou alterações no agregado familiar (15%) são apontadas como as principais causas deste tipo de situações.

No próximo programa d' A Cor do Dinheiro apresentamos o caso de uma família endividada, para a qual vamos indicar soluções práticas de como resolver a sua situação económica. Vamos debater este tema, com vista a procurar soluções financeiras e de controlo do orçamento familiar que possam ajudar os portugueses a saldar as suas dívidas. 

 

Procure mais informações sobre Sobreendividamento através dos seguintes links:

- Simulador de Consolidação de Créditos da DECO 

- Site da ASFAC

- Site da SEFIN

publicado por acordodinheiro às 17:15
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21 comentários:
De acordodinheiro a 11 de Fevereiro de 2009 às 17:54
Estou desempregado e tenho créditos à habitação, automóvel e pessoal que já não consigo pagar. O que me aconselham a fazer?


De acordodinheiro a 17 de Fevereiro de 2009 às 10:31
Se tem todos esses créditos na mesma instituição financeira, tente negociar para que concentre todos esses créditos num só. Desta forma, vai conseguir uma taxa de juro mais confortável para si.
Caso os créditos não estejam todos no mesmo banco, considere a hipótese de transferi-los para uma mesma instituição.


De acordodinheiro a 12 de Fevereiro de 2009 às 11:07
Há uns meses recorri a uma instituição de crédito fácil, porque nos anúncios faziam crer que pedir dinheiro não custa. Agora acumulei um encargo mensal que já não posso pagar. O que devo fazer?


De acordodinheiro a 17 de Fevereiro de 2009 às 10:32
Os anúncios publicitários que cresceram muito e se sofisticaram ao longo dos últimos tempos são uma das razões para o sobreendividamento, uma vez que criaram a ilusão de que se gastar muito dinheiro, sem ter muito dinheiro, o que não é verdade. Procure a entidade de crédito e exponha a sua situação, tentando renegociar uma forma de pagamento que seja comportável para si, mesmo que prolongue o prazo ou o valor total da dívida.


De acordodinheiro a 12 de Fevereiro de 2009 às 12:17
A que instituições de apoio ao sobreendividado é que posso recorrer?


De acordodinheiro a 17 de Fevereiro de 2009 às 10:32
O Gabinete de Apoio ao Sobreendividado, criado pelo governo em 2006, é um organismo que pode dar aconselhamento personalisado a quem esteja a enfrentar uma situação de sobreendividamento. A DECO tem também duas formas de apoio: os Gabinetes de Apoio e Acompanhamento ao endividado e ao sobreendividado, bem como um observatório de publicidade aos serviços financeiros.


De acordodinheiro a 12 de Fevereiro de 2009 às 13:05
Tenho 3 créditos (pessoal, habitação e automóvel) e deixei de conseguir pagar um deles. Tentei pedir ao banco um novo empréstimo para suprimir as dívidas já contraídas, o que o banco não autorizou. O que posso fazer?


De acordodinheiro a 17 de Fevereiro de 2009 às 10:32
Contrair mais um crédito para pagar os já existentes não é uma boa opção, porque com isso só está a complicar mais a sua situação financeira. Tente juntar todos os créditos num crédito único, ficando assim com uma taxa de juro mais baixa. Mesmo que isso prolongue a sua dívida no tempo, esta pode ser a solução para conseguir pagar aos poucos as dívidas já contraídas.


De acordodinheiro a 12 de Fevereiro de 2009 às 14:35
Por que é que o governo não cria um subsídio público de apoio aos sobreendividados?


De Anónimo a 16 de Fevereiro de 2009 às 23:23
Quem não cria dividas estaria a pagar as dividas dos outros.
Acho que não seria justo.
Porque não educar as pessoas para a matemática? Ai sim seria um subsidio bem gasto.
Quem sabe matemática saberá perceber o que são dividas e talvez não se meta nelas.
A matemática não é difícil, difícil é ensina-la de maneira que se perceba.


De Anónimo a 16 de Fevereiro de 2009 às 23:29
O subsidio só seria justo nos casos muito pessoais.
Há casos em que já estão aflitos mesmo sem perca de emprego ou doença.
Para poderem criar mais despesas estão a alongar os créditos.
Se ficarem sem emprego não sei como resolver esses casos.
Porque não seria autorizado o alongamento do credito nos casos mesmo preocupantes? Desemprego, doença.


De Maria a 14 de Junho de 2011 às 15:03
Caro amigo;

É pena que faça um comentário tão pouco profundo.
Embora, a meu ver, tenha toda a razão relativamente ao contribuinte comum não ser responsabilizado pelos actos de uma pessoa sobreendividado. Custa-me que reduza quem tem dívidas que não pode neste momento comportar a ignorantes. A vida dá muitas voltas. E muitas vezes a realidade das pessoas muda drasticamente assim como o seu nível de vida. E coisas que eram facilmente comportáveis tornam-se um fardo muito pesado para quem tem de começar de novo.
Ninguém está livre porque ninguém sabe o dia de amanhã. Deixo-o com esta questão:
Se alguém muito importante para si caisse numa cama e a uníca forma de a por boa fosse recorrer a tratamentos caros e não tivesse esse capital, o que faria? Deixava a pessoa morrer ou sobreendividava-se para resolver a situação?


De acordodinheiro a 17 de Fevereiro de 2009 às 10:33
De acordo om um artigo de Maria Manuel Leitão Marques, publicado no Diário Económico, tal "representaria uma sobrecarga e um custo para todos os contribuintes. Desmotivaria a maioria dos consumidores, aqueles que continuam, com um esforço acrescido, a cumprir as suas obrigações. Daria um mau sinal para futuras decisões em matéria de crédito, favorecendo uma cultura de proteccionismo em desfavor de uma cultura de gestão do risco. Premiaria as instituições financeiras que calculam mal o seu risco e praticam crédito irresponsável. E pior do que tudo, provavelmente nem seria suficiente para resolver os casos de verdadeiro sobreendividamento".


De acordodinheiro a 12 de Fevereiro de 2009 às 16:53
Tenho tido muitas dificuldades em assegurar todas as despesas e estou a pensar pedir um crédito ao consumo. Devo fazê-lo?


De Anónimo a 16 de Fevereiro de 2009 às 23:30
Só se for com o intuito que o estado dê um subsidio.


De acordodinheiro a 17 de Fevereiro de 2009 às 10:33
Evite tanto quanto lhe for possível pedir um crédito deste género. O Sobreendividamento pode ser prevenido: antes de ficar com o 'crédito na garganta', faça o seu orçamento mensal. Registe as suas despesas fixas e compare com as suas receitas. Depois de ter esta lista, veja onde pode cortar e não compre mais do que aquilo de que precisa.


De henriquemateus@hotmail.com a 19 de Fevereiro de 2009 às 20:43
Neste programa, apesar das boas sugestões acerca da consolidação dos créditos, acho que poderia ter sido mais pedagógico terem dito directamente a essa familia que se não se metessem numa casa de quase 200 mil euros, talvez vivessem um pouco melhor.
Se é verdade que começaram com uma prestação muito mais baixa que os actuais 900 e poucos euros, também é certo que com um rendimento liquido de 2000 euros mensais (o marido pelo que me apercebi, tem dois ou três empregos), apesar de legitimo, não é lá muito racional comprar uma casa dessas em Cascais, e claro ter dois carros e um belo lcd e afins.
A cultura da compra da casa é legitima e muitas vezes melhor opção que o arrendamento. Acho que deveriamos pensar melhor sobre as nossas prioridades e ser menos vaidosos.
Conheço muito boa gente que ganha menos e vive bem melhor.


De Miguel Ângelo a 3 de Março de 2009 às 16:10
Gostaria de salientar que o seu blog constitui um excelente elemento informativo em termos de economia, com aquela qualidade e saber que já nos habituou. Estarei atento, pois as notícias e a informação trazida a este espaço blogosférico tem pertinência. Parabéns e bom trabalho!
Até breve!
Miguel Ângelo


De JOSE FERREIRA a 7 de Fevereiro de 2010 às 00:17
APENAS VENHO APRESENTAR MAIS UMA DAS MUITAS MEDIDAS DO NOSSO ESTIMADO "GOVERNO". A MINHA ESPOSA E EU ESTAMOS AMBOS DESEMPREGADOS E ELA DEIXOU DE RECEBER O SUB.DE DESEMPREGO NO INICIO DO ANO POIS CHEGOU AO LIMITE MAXIMO QUE ERAM OS 840DIAS.AGORA PENSAMOS EM PEDIR O SUBSIDIO SUBSEQUENTE MESMO QUE FOSSE MENOR SEMPRE SERÍA UMA AJUDA.NO ENTANTO NAO TEM DIREITO AO MESMO PORQUE OS CALCULOS SAO FEITOS DA SEGUINTE FORMA; SE O RENDIMENTO FAMILIAR FOR IGUAL OU SUPERIOR A 460,00€ POR AGREGADO, O SUB. NAO É CEDIDO. ORA EU ESTOU NO F.DESEMPREGO COM O MAX. QUE SAO 1250,00€, ESTE VALOR A DIVIDIR POR DOIS QUE É O NOSSO AGREGADO FAMILIAR DÁ 625,00€, ATÉ AQUI TUDO BEM MAS COMO É QUE ESTA LEI NAO CONTABLIZA PELO MENOS A DESPESA DA CASA SEJA ELA PRESTAÇAO OU ALUGUER, POIS EU CONTINUO A PAGAR 615,00€ DE PRESTAÇAO INDEPENDENTEMENTE DA MINHA ESPOSA RECEBER OU NAO O F.DESEMPREGO, PORTANTO SE ANTES ESTAVA MAL, PIOR VAMOS FICAR, PORUQ E AGORA SERÁ 1250,00€ - 615,00 = 635,00€ QUE A DIVIDIR POR DOIS (2) DÁ 317,50€. ERA ASSIM COM ESTE CALCULO QUE A LEI DEVERÍA FUNCIONAR, ANTERIORMENTE A SOMA DOS DOIS SUBSIDIO DAVA 1800,00€ DOS QUAIS DESCONTAVA OS 615,00€ DA PRESTAÇAO DA CASA E NOS SOBRAVA AINDA 1185€, QUE ERA MAIS DO QUE SUFICIENTE LEVANDO EM CONSIDERAÇAO NAO HAVER MAIS CREDITOS A PAGAR, MAS AGORA VAMOS PASSAR DE UM RENDIMENTO REMANESCENTE APOS PAGAR A PRESTAÇAO DE 1185,00€ PARA UM RENDIMENTO DE 635,00€, ORA QQ COISA NAO ESTÁ BEM NOS CALCULOS E NAS LEIS QUE O NOSSO GOVERNO ANDA A CRIAR !? IMAGINO AGORA E COM BASTANTE SERIADADE, O QUE SERÁ QUANDO EU ACABAR DE RECEBER O MEU SUB. DE DESEMPREGO, AÍ O RENDIMENTO SERÁ ZERO (0).


De Susana a 6 de Janeiro de 2011 às 22:35
Tenho um problema grave de sobreendividamento: Há uns 4 anos atras montamos uma empresa onde colocamos todas as nossas economias. Entretanto aquilo correu bem e decidimos expandir e seria preciso investir. Como a empresa era recente ninguém dava crédito, então tivemos a feliz ideia de pedir a nível pessoal (vários créditos) e a empresa continuava de vento em popa. Até q de repente tudo mudou... Então ao pensar q seria uma fase, pedimos mais créditos pessoais, usamos cartões de crédito, e tudo mais onde podessemos ir buscar dinheiro. Só q as coisas não melloraram. Agora vêmo-nos numa situação de empresa endividada e nós endividados até mais não. Temos os credores todos atras de nós. Isto tornou-se o inferno e não conseguimos resolver. Se alguém nos conseguir orientar ou dar alguma sujestão agradeço.


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Camilo Lourenço é o apresentador do programa A Cor do Dinheiro e tem já uma larga experiência na área da economia. Foi fundador do Diário Económico e director editorial da revista Exame. Desempenhou, também, funções como editor de economia na Rádio CMR e na Rádio Comercial, e foi comentador da SIC Noticias.
Actualmente, é colunista no Jornal de Negócios e no Record e comentador da RTP e da M80.


 

 

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